terça-feira, 27 de outubro de 2009

Stairway to Heaven


Isto de fazer parte da chamada "blogosfera", por pouco que nela participe, tem que se lhe diga. Os exemplos abaixo são prova disso mesmo. Venho aqui "postar" qualquer coisa quando "o rei faz anos" e o conteúdo dos "posts" não tem comparação possível com a grande qualidade do muito que se escreve e circula nesta comunidade. Nem tenho qualquer veleidade quanto a isso. Entendo o blogue como uma espécie de «diário» (ou será antes semanário? Quinzenário?), no qual verto tudo aquilo que me apetece ou ocorra dizer e comentar sem nenhuma preocupação de estilo.

Assim, de vez em quando, lá venho escrever qualquer coisita.

Poderia falar dos livros que estou a ler: o ultimo do David Lodge, "A Vida em Surdina", e um relato histórico de Tom Holland, "Milénio".

Poderia falar dos "orgasmos" intelectuais do Mário Crespo quando entrevista o pateta do António Lobo Antunes.

Mas prefiro, apesar de não ter jeito para epitáfios, prestar a minha homenagem ao António Sérgio, hoje falecido.

Foi nos finais da década de setenta e princípios de oitenta, quando não havia internet e a televisão portuguesa ainda só tinha dois canais, que o António Sérgio, com a sua inconfundivel voz grave, deu a conhecer ao público, no «Som da Frente», as grandes novidades, e não só, da (boa) música rock, com que eu acompanhava os meus estudos nocturnos.

Por isso e por causa das boas lembranças que me deixa, recordo-o aqui, com saudade daqueles tempos e com esta, que é uma das grandes músicas daquela que foi, na minha opinião, a melhor banda de rock de todos os tempos.


sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Coisas do trânsito


Por força das circunstâncias, tenho-me deslocado em Lisboa com o meu automóvel mais vezes do que desejaria. Em particular, tenho andado pela zona do Chiado e da Trindade, onde a situação do trânsito é, no mínimo, caótica. Estou certo de que grande parte dos problemas do trânsito automóvel em Lisboa se deve a um mau planeamento urbanístico dos sucessivos responsáveis que passaram pela Câmara e às características geográficas da cidade. Mas penso que os principais culpados são, sobretudo, a falta de civismo, o egoísmo e o comodismo dos seus habitantes.

São as paragens em segunda fila com os piscas ligados, impedindo a normal circulação; é o estacionamento abusivo em cima do passeio ou no primeiro espaço que encontram, sem qualquer respeito pelos peões. Preferem andar às voltas pelos quarteirões a gastar combustivel (e paciência) a usar os parques de estacionamento...

Já o disso e repito. O povo português não está ainda suficientemente maduro para saber viver em democracia. Julga que viver em democracia lhe confere o direito de fazer aquilo que bem entende, e não quer saber dessa ideia de que a sua liberdade acaba onde começa a liberdade dos outros. E o "povo" automobilista é o exemplo disso. Por ter um automóvel, julga que tem o direito de ocupar o espaço público (que é de todos) e nem pensa que os outros têm o mesmo direito a ocupar o mesmíssimo espaço público.

Não me parece que a solução deste problema se encontre com "paninhos quentes" ou com diálogo. Só lá vamos com autoridade e um par de «bolachas» (vigilância cerrada, multas pesadas, apreensão de carta, Sol aos «quadradinhos»?)

Lamentavelmente, tem sido sempre assim!...