Assim, de vez em quando, lá venho escrever qualquer coisita.
Poderia falar dos livros que estou a ler: o ultimo do David Lodge, "A Vida em Surdina", e um relato histórico de Tom Holland, "Milénio".
Poderia falar dos "orgasmos" intelectuais do Mário Crespo quando entrevista o pateta do António Lobo Antunes.
Mas prefiro, apesar de não ter jeito para epitáfios, prestar a minha homenagem ao António Sérgio, hoje falecido.
Foi nos finais da década de setenta e princípios de oitenta, quando não havia internet e a televisão portuguesa ainda só tinha dois canais, que o António Sérgio, com a sua inconfundivel voz grave, deu a conhecer ao público, no «Som da Frente», as grandes novidades, e não só, da (boa) música rock, com que eu acompanhava os meus estudos nocturnos.
Por isso e por causa das boas lembranças que me deixa, recordo-o aqui, com saudade daqueles tempos e com esta, que é uma das grandes músicas daquela que foi, na minha opinião, a melhor banda de rock de todos os tempos.